quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A PEC 55 e o estado de sítio rentista





Em 13 de dezembro de 1968, o ditador Costa e Silva decretou o Ato Institucional [AI] nº 5. Essa medida, equivalente ao estado de sítio, consolidou o caráter totalitário do regime de exceção iniciado com o golpe de Estado perpetrado em 31 de março de 1964 com a derrubada do Presidente João Goulart.

O AI 5 ficou vigente até dezembro de 1978, portanto seus efeitos duraram 10 anos.

Exatos 48 anos depois, neste dia 13 de dezembro de 2016, o regime de exceção vigente hoje no Brasil dará um passo decisivo para a instauração do estado de sítio rentista.

Desta vez, o estado de sítio não será decretado por um general-ditador, mas pela maioria golpista do Senado que aprovou a PEC 55/16. Esta PEC retira da Constituição de 1988 os direitos sociais e econômicos, ou seja, o povo, e constitucionaliza a tirania das finanças internacionais.

A PEC 55 sugestivamente cria o “novo regime fiscal”, previsto para durar 20 anos, até 2037. Este regime fiscal de exceção promoverá o mais brutal ataque aos investimentos públicos não só nas áreas da saúde, educação e assistência social, mas afetará também o conjunto da atividade econômica [subsídios do PRONAF, da agricultura, habitação etc], a ciência e tecnologia, as obras e investimentos em infra-estrutura, energia e desenvolvimento.

Durante 20 anos, as finanças internacionais e os grupos especuladores se refestelarão com a transferência de mais de 2 trilhões de reais que deixarão de ser investidos nas necessidades nacionais para serem desviados à orgia financeira através do pagamento da dívida imoral e seus juros extorsivos.

Tanto o governo golpista presidido pelo conspirador Michel Temer, como a maioria do Senado Federal, cujos políticos estão denunciados por corrupção, não têm legitimidade para manter a tramitação desta proposta que implanta uma ditadura financista no país.

É inconcebível que um governo e a quase totalidade de sua base parlamentar de apoio, estando em suspeição por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, siga aplicando uma medida que vai deprimir a economia nacional e causar uma crise humanitária pelas próximas décadas.

A votação da PEC 55, nesta circunstância de total inviabilização do governo e da cúpula governista no Congresso, é prova de que a democracia brasileira foi abduzida pelo capital financeiro.

A esdrúxula decisão do STF que preservou Renan Calheiros na presidência do Senado porém retirou-o da linha de sucessão da Presidência da República para não comprometer a tramitação da PEC 55 e da reforma da previdência, é clara evidência do regime de exceção instalado no país para viabilizar a restauração neoliberal e o projeto anti-povo e anti-nação.

O Brasil está prestes a viver num estado de sítio rentista decretado pelo governo golpista numa relação de cumplicidade e de subordinação às chantagens do Judiciário e da mídia, sobretudo a Rede Globo.

O 13 de dezembro de 2016 é a repetição da história – como farsa e como tragédia. Somente com a renúncia imediata de Temer e a realização de eleição direta o Brasil conseguirá evitar uma convulsão social e derrotar a ditadura rentista que os golpistas pretendem instaurar por 20 anos no país.


Por JEFERSON MIOLA
Integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial

http://www.brasil247.com/pt/colunistas/jefersonmiola/270110/A-PEC-55-e-o-estado-de-s%C3%ADtio-rentista.htm

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Integrantes do Curso de Geografia ajudam a combater incêndio próximo a barragem do Aipim


Um incêndio atingiu a área próximo a Barragem de Aipim neste final de semana em Antonio Gonçalves. 
Participaram do combate ao fogo a brigada da cidade de Jaguarari, departamento de meio ambiente, voluntários da univasf, e a turma do professor Gustavo, entre outros voluntários.



Fonte: AG Notícias



Foto: Esmeralda Noticias


Grupo de Pesquisa da Univasf apresenta Projeto em Caicó - RN



Aconteceu entre os dias 18 e 23 de outubro o III Simpósio de Geografia Física do Nordeste no Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES), sediado no campus de Caicó/RN da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) tendo como tema central a Geografia Física do Semiárido.



Representando o curso de Geografia da UNIVASF de Senhor do Bonfim, estiveram presentes no simpósio os alunos Lucas Góis, Darlei Pereira, Alexandre Santos e o Professor Gustavo Negreiros, integrantes do grupo de Pesquisa de Geoturismo da Região do Piemonte Norte do Itapicuru - GEOTURPNI, onde expuseram os e-banners e apresentaram o projeto para os presentes.


Apresentação de Lucas Góis

Apresentação de Darlei Pereira

Apresentação do Prof. Gustavo Negreiros

Apresentação de Alexandre Santos

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Calendário Acadêmico é retomado em Juazeiro, Petrolina e Paulo Afonso




O Conselho Universitário (Conuni) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) decidiu pela retomada do Calendário Acadêmico 2016, na Reunião Ordinária realizada na tarde de sexta-feira (21), no Núcleo Temático 32, no Campus Juazeiro (BA). As aulas do semestre letivo 2016.2 serão reiniciadas nesta segunda-feira (24) nos campi localizados em Petrolina, Juazeiro e Paulo Afonso. Nos Campi Senhor do Bonfim e São Raimundo Nonato, as aulas permanecem suspensas até que seja encerrado o movimento paredista dos estudantes.

O Calendário Acadêmico 2016 havia sido suspenso em 14 de outubro, após a votação pelo Conuni de proposta apresentada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Univasf, em virtude do movimento paredista deflagrado pelos discentes no dia 10 de outubro. O calendário será ajustado posteriormente para a complementação dos dias parados durante o período de greve estudantil.




No vídeo a discente do curso de Ecologia da Univasf campus de Senhor do Bonfim - BA Aizia lê a carta aberta ao Conuni.



fonte: blog do waldiney passos

domingo, 16 de outubro de 2016

Estudantes Universitários fazem Protesto contra a PEC 241

Estudantes das Universidades públicas de Senhor do Bonfim UNIVASF, IF-Baiano e UNEB promoveram nesta sexta-feira (14/04) protesto contra a PEC 241, que prevê o congelamento dos investimentos públicos durante 20 anos.

O protesto, que contou com centenas de alunos das universidades, escolas públicas da cidade e professores saíram da UNIVASF em direção a Praça Nova, passando por diversas ruas do centro da cidade.

A PEC 241 é uma medida provisória que não afeta somente a educação, mas outros setores importantes como a saúde, onde os recursos serão congelados durante 20 anos, suspendendo diversas atividades dos principais serviços públicos, como SUS e SAMU, além dos auxílios estudantis, compra de livros, concursos públicos e demais recursos para manutenção das Universidades.









sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A juventude brasileira grita #ForaTemer

"Agora imagina você, pobre, que não tem direito a estudar Filosofia e Sociologia, nem Artes, passar no Enem. Você não passa. Sabe quem passa? Quem tem dinheiropara pagar. Sabe por que eles têm medo de estudante que vai para a rua? Porque o governo quer máquinas. Máquinas programadas para obedecer a eles".
Maria Deusdédite da Silva Neta, aluna do 3°ano do curso de eletrotécnica do IFRN - Campus João Câmara, representante do Grêmio Estudantil Francisca Alves -GEFA



Mídia Ninja RN

Alunos protestam contra a PEC 241

Na noite desta quinta-feira 13/10 alunos da Univasf e da UNEB protestaram contra a PEC 241. Em concentração na UNIVASF fizeram uma caminhada até a Câmara Municipal onde foram recepcionados pelos vereadores, sendo que vários deles se posicionaram a favor dos estudantes e contra a PEC, entre eles Biro Biro, Chocolate, Gere e Ivan Barbosa. Por fim o Presidente da Câmara Laércio Muniz se prontificou a produzir uma carta ao Congresso Nacional repudiando a PEC 241 em nome dos estudantes.







Hoje (sexta-feira) haverá outra mobilização contra as reformas políticas que ameaçam o país. Traga seu cartaz, vista-se de preto, traga seu apoio e sua força, comunique aos demais!

Concentração em frente a UNIVASF
Horário: 16 horas

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O Sistema da Dívida Pública

“Há um sistema da dívida pública”, por Maria Lucia Fattorelli (auditora da Receita Federal)




Arquivo sobre a dívida pública auditado com gráficos explicativos:



Auditora da Receita Federal durante 29 anos, Maria Lucia Fattorelli se dedica, desde 2001, à coordenação do movimento Auditoria Cidadã da Dívida. A organização vem buscando informações sobre a dívida pública brasileira e demanda a realização de uma ampla auditoria em seus contratos.

Para Maria Lucia, existe um “sistema da dívida” no Brasil. Esse sistema foi orquestrado pelo aparato financeiro internacional com a anuência de diversos governos desde a ditadura militar.

“O sistema consiste na usurpação do instrumento de endividamento público. Em vez de ser um instrumento que aporta recursos ao Estado, passou a ser um ralo para escoar esses recursos. É esse sistema que influencia o modelo econômico. Quais são as metas econômicas do governo federal? Não são metas de bem estar social. São metas de controlar a inflação e atingir o superávit primário. Se não há recurso para pagar a dívida e atingir o superávit, então o governo corta o orçamento de diversas áreas”, critica.

A auditora aposentada foi uma das seis estrangeiras escolhidas pelo presidente do Equador, Rafael Correa, para realizar uma auditoria da dívida pública do país, em 2007. Com essa atitude, o Equador reduziu em 70% o gasto com a dívida. “Foi uma lição de soberania ao mundo”, defende Maria Lucia.

fonte: http://www.sul21.com.br/

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

“O sistema da dívida pública e a subtração dos direitos sociais”

Palestra “O sistema da dívida pública e a subtração dos direitos sociais”, com Maria Lúcia Fattorelli (Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida) – 15/09/2016








Fonte: adufc.org.br

vídeo sugerido pelo Profº Átila de Menezes


COMUNICADO

Nós, alunos universitários da região, gostaríamos de convidar toda a comunidade de Senhor do Bonfim para participar da caminhada pacífica, contra a implementação de medidas e reformas na educação do nosso país. Esse movimento vem para lutar contra o retrocesso educacional e impedir que a PEC 241 seja sancionada pelo governo retrógrado, já que essa medida visa congelar os investimentos na educação e saúde durante 20 anos e desta forma prejudicando os discentes, futuros universitários, a sociedade como um todo e o futuro do nosso país. A educação é a melhor forma de mudar a vida do indivíduo e promover maiores oportunidades a sociedade. Sendo assim, dinheiro aplicado nas universidades é investimento e não gasto. Contamos com você nessa luta! No dia 14/10 (sexta-feira) às 16:00 horas com concentração em frente a UNIVASF iremos juntos lutar pela educação!

NÃO VAMOS NOS CALAR!!!

A LUTA É DE TODOS!!!


Organização: Estudantes Universitários da UNEB, UNIVASF e IF-BAIANO

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Estudantes da Univasf param por tempo indeterminado contra PEC 241


Estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) deflagraram paralisação por tempo indeterminado. Durante a ocupação da sede da reitoria, realizada na segunda-feira (10), cerca de 300 alunos dos campi Petrolina Centro, Ciências Agrárias e Juazeiro, fizeram uma reunião que decidiu pela suspensão das atividades acadêmicas. A paralisação foi motivada pela votação da PEC 241 e os cortes orçamentários que devem afetar a assistência estudantil.




Ocupação de estudantes na reitoria da Univasf em Petrolina, PE 
(Foto: Divulgação/ Ascom paralisação estudantil).


O movimento na Univasf tem mais um aliado que são os professores da instituição. Após uma assembleia que aconteceu na manhã desta terça-feira (11), o Sindicato dos Professores da Univasf (SindiUnivasf) declarou apoio aos estudantes e estão em diálogo com o movimento. Desta forma , foi ratificado o estado de greve, que continuava desde 2015. Além disso, houve a suspensão das aulas, provas e atividades correlatas de ensino da graduação e pós-graduação enquanto os estudantes estiverem em greve.

O protesto é contra a proposta de emenda à constituição de número 241. A Câmara dos Deputados concluiu na madrugada desta terça-feira (11) a votação, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para o aumento dos gastos públicos pelas próximas duas décadas.

O limite proposto pela Reitoria como contrapartida ao PNAES foi estipulado em R$ 2,5 milhões para 2017, de forma a não comprometer o funcionamento mínimo da instituição como um todo. Este valor se soma aos R$ 5,5 milhões do PNAES propostos pelo MEC para o referido exercício.

Contudo, o atual orçamento inviabilizará a abertura de novos editais de seleção a bolsas de assistência estudantil para os campi das cidades de Petrolina e Juazeiro, só sendo possível arcar com o pagamento das bolsas já vigentes, manutenção do funcionamento dos Restaurantes Universitários (RUs), das residências universitárias e do transporte estudantil, exceto os campi de Senhor do Bonfim e Paulo Afonso, ambos na Bahia, e de São Raimundo Nonato (PI) que por ainda não disporem de RUs, haverá seleção com lançamento de novos editais.



Fonte: G1

Blog do DAGEO


Com imensa satisfação que o Diretório Acadêmico do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade do Vale do São Francisco disponibiliza de forma virtual suas atividades, notícias e informações pertinentes a comunidade acadêmica através deste blog.

Em um momento crítico como este, com a greve dos alunos em resposta ao corte de gastos na educação de ensino superior e contra a PEC 241 que mobilizou os alunos dos campus de Petrolina, Juazeiro e Senhor do Bonfim esperamos que este blog funcione como um instrumento ativo de reivindicações dos direitos estudantis e principalmente sirva como meio de integração entre todos os acadêmicos.

BEM VINDOS AO BLOG DO DAGEO!